terça-feira, 26 de maio de 2015

Ai, como dói!



Hoje vamos falar da nova Tek Pix... Brincadeira... 
Hoje vamos falar de dor... E não é a dor de um sentimento ou perda... Vou falar da dor do corpo...

Lembro de ter mencionado uma vez meus problemas de saúde, e na lista estava lá a Fibromialgia. Não vou falar dela em termos médicos, vou falar da minha experiência e convivência com ela... 

Pois bem, fui diagnosticada há aproximadamente 7 anos. Foi um martírio! Ninguém acredita na sua dor. Ninguém! 
A dor começa não sei como, e vem não sei de onde. Qualquer esforço é motivo pra ficar de cama, pra chorar, pra sofrer. 
Eu acordava com a dor e ia dormir com ela. 
As pessoas me perguntavam o que eu sentia, eu dizia: dor. E voltavam a me perguntar, em que parte do corpo, e eu dizia: em todo o corpo. E logo me olhavam com aquela cara de: essa menina tá louca, só pode!

Ia ao hospital com frequência, até que uma médica que me atendeu sugeriu que eu procurasse um reumatologista. Marquei a consulta, e chegando lá o médico me fez responder um questionário gigante. E ao me examinar, que sofrimento, ele constatou a fibromialgia. Para obter o diagnóstico de fibromialgia é necessário apertar 18 regiões do corpo, se sentirmos uma sensibilidade maior em ao menos 11 dos 18 pontos, é dado como positivo, eu senti em todos. Não há como diagnosticar através de exames de sangue ou imagem, mas é necessário fazê-los, para descartar outros problemas. Vale lembrar que aqui o diagnostico chegou a fibromialgia, devido aos pontos de dor e ao questionário.

Comecei um tratamento medicamentoso leve, pois na época eu amamentava a Manoela, e alongamento. Aliviava, mas não resolvia. 
Com o tempo, o tratamento foi mudando, e comecei a tomar medicamentos fortíssimos, anti-depressivos, anticonvulsivantes, entre outros, pois as reações adversas desses medicamentos aliviavam a dor, porém me deixavam completamente fora de órbita, tinha muito sono, perdi a percepção, meu sono era inquieto, tinha alucinações... Era um horror. E, sempre tinha dor e crises que me levavam ao hospital tomar medicações intravenosas, tomei morfina muitas vezes, e ficava de molho em casa... 

Com o passar do tempo, eu percebi que vivia a margem de mim mesma, praticamente não tinha vida social, depois, devido a mais problemas de saúde, parei de trabalhar, não conseguia cuidar dos meus filhos, era uma tortura. E, decidi parar com as medicações! Sim, parei com todas! Mantive apenas o alongamento. Foi uma decisão difícil, e apesar de sofrer as consequências, foi a mais acertada.
Hoje,  eu tomo medicamentos eventuais, na crise, aliviam na hora e depois a dor vai ficando mais leve.
Durante um ano, eu fiz yoga e outras atividades físicas, e foi muito bom, tive algumas crises, mas comparadas as de antes, eram "fichinhas".
Mantenho o alongamento e algumas coisas que aprendi no yoga, e as crises tem sido mais leves e esporádicas. Mas, infelizmente, continuam. 

Recentemente, minha mãe foi diagnosticada com fibromialgia também, e o sofrimento agora é em dose dupla. 

No entanto, pior que a dor, é a falta de informação! 
Muitos médicos, em pronto-atendimento, ainda não sabem o que fazer para ajudar. A população não tem informações e acabam julgando quem sofre. Já ouvi muito: "é coisa da sua cabeça", "que exagero", "é psicológico, vc tem que se esforçar e esquecer", "é fingimento", "é frescura"... e por aí vai... 

Além da dor muscular crônica, há outros sintomas que caracterizam a fibromialgia: Espamos musculares ou cãibras nas pernas, Problemas de sonos, Fadiga severa, Ansiedade, Depressão, Rigidez matinal, Dores de cabeça, Dificuldade de concentração, Sensibilidade na pele e ao frio, Irritabilidade e Problemas intestinais.

Se você sente alguns desses sintomas, procure um reumatologista, mas antes, responda a você mesmo: Quando começou?, Você sabe o que faz a dor começar?, Como os sintomas afetam sua vida pessoal e profissional?

E, não esqueçam: não deixe a dor tomar conta da sua vida.


Beijinhos :3
Quel



sexta-feira, 22 de maio de 2015

"Abaço"




Hoje é dia do abraço!

Que delícia ser abraçado, não é mesmo? Eu gosto muito!
Só que vou confessar uma coisa: eu sou muito egoísta, eu gosto que as pessoas me apertem, e não retribuo... Sim, eu sei, é muito feio isso.
Claro que eu abraço as pessoas, mas eu prefiro ser abraçada... Quem nunca? Meu marido e meus filhos sempre falam: me abraça direito. kkkkk mas eu só tô curtindo o momento de ser apertada... 



Ao abraçar, o corpo libera duas substâncias: Oxitocina e Endorfina, que são responsáveis pela sensação de bem-estar e felicidade. E muitas pesquisas realizadas, afirmam que ele tem o poder de curar depressão, reduzir a pressão arterial, o stress, o mau-humor, e melhorar nossa paciência e o afeto. 



E, fala a verdade, é muito gostoso! Você encontrar um amigo e apertar até estalar os ossos. Você parabenizar alguém com um abraço apertado. E, quando você sabe que alguém esta passando por uma dificuldade, o que lhe vem a mente? Dar um abraço! O ruim é quando se está longe, aí você manda um abraço por telefone, por internet, e até tem a sensação de que abraçou, mas não é a mesma coisa. Vou fazer outra confissão: quando alguém me manda um abraço, eu me abraço, discretamente, claro, pra não pensarem que sou louca, e assim me sinto reconfortada... 

O Abraço tem o poder de nos consolar, nos dá segurança, nos dá força, incentivo, ânimo... Então, sintam-se abraçados! 







Uma bitoca, um cheiro, um abraço!
Quel


quarta-feira, 20 de maio de 2015

Corda Bamba




Todos os dias, ou quase, me pego pensando o que eu poderia ter sido, o que seria da minha vida se tivesse feito escolhas diferentes.

E é um misto de sensações, tem coisas que eu adoraria ter vivido e outras que eu pagaria para apagar da minha memória, e outras que eu gostaria de viver de novo...

Nossa vida é assim, corda bamba, elevador, mar...

Meu sonho de infância era ser uma professora de português, escritora de livros, que atuasse em teatros e fosse secretária e dentista... Isso mesmo! Td junto. Depois desisti de ser dentista. Depois desisti de ser professora, depois de ser escritora... Fui secretária, me formei em secretariado técnico, trabalhei na área e desisti de ser mais que isso. Fui atriz de teatro amador católico, e dizem as boas línguas que eu atuava bem.
Hoje sou artesã, descobri esse dom durante um problema de saúde, estava entrando em depressão quando descobri a fibromialgia, e aprendi, através de um programa de TV, a fazer fuxico e flores de fuxico. Sou depiladora, fiz um curso há 8 meses, e estou curtindo muito esse mundo da beleza.
Gosto de “inventar moda”, como diz minha mãe, sempre arrisco a fazer decorações de festas ou ambientes.
Gosto de estar em movimento. Assim eu aprendo e me arrisco, um pouco pelo menos.

Ainda penso cursar uma faculdade de letras português/ espanhol, mas sem muita neurose.

Hoje em dia sou mais pé no chão, deixei de querer casar com o Tom Cruise, por exemplo, e sei que o que importa é ser feliz fazendo aquilo que deixa a gente feliz. Temos responsabilidades a serem cumpridas, mas o melhor é estar em paz com a gente e ser feliz realizando nossas tarefas.

Vejo muitas pessoas reclamando da vida, dizendo que não são realizadas, mas será que buscaram realização no lugar certo, da forma certa?

Profissionalmente, eu poderia dizer que não sou realizada, se eu colocar como foco eu não ter cursado a faculdade que eu queria, por outro lado não posso dizer que não faço o que eu gosto, gosto de papéis, de arquivar, de atender telefone, de cuidar de agenda, gosto de fazer meus artesanatos, gosto de atender no salão... então, profissionalmente, eu sou realizada.

Como pessoa, eu poderia dizer que não sou realizada se eu colocasse em foco o fato de não ter feito a faculdade que queria, e daí não fui realizada profissionalmente e por isso como pessoa não seria realizada... que nó! Mas não, sou muito realizada, como pessoa, como mulher. Sonhei em ser mãe jovem (não tão jovem) e fui; sonhei em ter 3 filhos, parei no 2º, e tá ótimo!; sonhei em me casar na igreja, me casei; quis ir a um show do Ira!, e fui; quis cortar o cabelo super curto e cortei... 

Já me senti muito frustrada em não realizar algumas coisas, mas quando eu vejo tudo que eu tenho, o que tenho feito, e o que eu recebo em troca, esse sentimento se dissipa. 


E viver essa corda bamba faz a gente ser melhor. A gente aprende a driblar as dificuldades, a reagir melhor sobre pressão. É só questão de saber se equilibrar, não ter medo do que está por vir, afinal até do que é ruim, a gente consegue tirar coisas boas.



Bitoquinhas :3
Quel










segunda-feira, 18 de maio de 2015

Mamy




Olá...
Dia 10/05 foi dia das mães! Sério?! ÓH!
E eu nem bloguei nada, afinal estava curtindo o dia com minha família linda e maravilhosa.
Foi um dia delícia, muita comilança e conversas fiadas...
Ganhei uma havaianas da minha Diva Mulher Maravilha, amei, mas preciso do outro modelo também, um cartão e flor da Manoela, e uma declaração super fofa e atual do Matheus no face. <3 Puro Amor! 

Foi um dia muito bom e tranquilo, e agradeço pela família que eu tenho, meus filhos, afilhados...


Pois bem, tudo uma maravilha, se não fosse o fato de que nem sempre a nossa vida é um mar de seda. Vivemos em alerta constante: medo de não sermos boa o suficiente como mães, de nossos filhos não gostarem da gente, de não serem crianças felizes, de não sentirem-se amados, de não sentirem-se seguros, medo das doenças, dos acidentes, do inevitável... É tanto medo! 

E, se não bastasse, a gente ainda tem que passar por constrangimentos: olhares de reprovação enquanto amamentamos, quando nosso/a filho/a chora num ambiente tranquilo, e quando ele faz birra, e quando você não teve como evitar uma queda, e quando você esquece alguma coisa do bebê... lembro que o Eder e eu brigamos bastante por causa disso... eu esquecia algo e ele reclamava, aí eu já soltava: se você me ajudasse, ou: da próxima vez, faz você as malas, separa a roupa de td mundo, dá banho nas crianças, etc... 

E, quando estão bem crescidos e cometem erros? A culpa é de quem? Adivinhem! Da pobre da mãe que não soube educar!

Eu me pergunto: cadê os direitos humanos iguais? Poxa, é tudo a pobre da mãe que tem que resolver! Se dá errado é culpa da mãe, se dá certo é mérito da própria criança ou porque o pai apoiou. Sim, há exceções! 

Fico revoltada, sim, revoltada, quando as pessoas falam: onde tá (ou tava) a mãe dessa criança/ adolescente/ jovem? ou ainda: a mãe não vê isso? a mãe deve ser muito boa! E por aí vai... E faço outras perguntas: é obrigação somente da mãe educar? e quando o filho não está com a mãe, por inúmeras razões, a culpa é de quem? da mãe. e quando a mãe não está com o filho, por inúmeras razões, a culpa é de quem? da mãe. (sim, fiz duas perguntas parecidas, não iguais)

Meu pai era muito machista, fui educada pra ser uma mulher machista com aquelas ideias de que mulher não pode isso ou aquilo, pelo simples fato de ser mulher. Mas eu me livrei dessa doença. Porém não me tornei feminista. Me defino humanista! Sou a favor do humano, por inteiro. Esse lance de ser machista ou feminista nos limita demais. Nos coloca em redomas, porque a gente só vai ver um lado: o de dentro. E eu gosto de viver livre, fora da redoma, fora da caixinha, fora do armário muitas vezes fora do mundo real...

Eu educo meu filho para que ele seja um homem de bem, que saiba tratar uma mulher com carinho e atenção. E educo minha filha para que ela seja uma mulher de bem, que saiba tratar um homem com carinho e atenção. E, principalmente, que eles saibam se valorizar, que saibam o que merecem, que não mendiguem amor, atenção, carinho de ninguém. 
Assim, serão, além de filhos, pais, esposo e esposa conscientes, felizes, maduros! Pode ser que eles não escutem meus conselhos, pode ser que eles sejam completamente diferentes do que eu espero pra eles, como pessoa, mas eu dei o meu melhor, e não serei culpada pelas escolhas deles.

Minha mãe não é culpada por minhas escolhas, erradas ou acertadas, fui eu quem decidi, a partir do que eu sentia e queria e sonhava. E ela esteve ao meu lado em tds minhas escolhas. 

Meus filhos não são culpados por minhas escolhas, erradas ou acertadas, tudo o que fiz ou deixei de fazer foi decidido a partir do que eu sentia e queria e sonhava.

Sou feliz como mãe e sei que ainda posso melhorar!
Mas, por enquanto, sou o que sou...



Bitocas de mamy pra vcs!
Quel