terça-feira, 30 de junho de 2015

A tal da motivação

minha maior motivação

Já falei que não gosto do frio? kkkkkkkk
O frio me deixa pra lá de dolorida... E esses dias eu tenho ficado muito pra baixo, sem muita motivação, por isso nem postei nada... 
Aí resolvi postar hoje justamente sobre isso: a tal da motivação... Como é estranho esse lance da gente precisar de algo que nos move né?
Não basta simplesmente fazermos as coisas, ela precisa ser motivada por uma força maior em nós.
Acho que eu não sei explicar muito bem esse lance, sou meio lesada.
Mas eu entedo que se a gente não tiver uma motivação pra viver, pra realizar, todos os dias, a gente se desanima, a gente sofre, a gente paralisa, mesmo que estejamos em constante movimento.

Exemplificando: eu trabalho todos os dias, logo estou em constante movimento, porém se o meu trabalho não tiver uma motivação, é só movimento... já quando meu trabalho é para a educação dos meus filhos, o movimentar-se, muda... não é algo mecânico, é mais que isso, é necessidade! É objetivo! É, motivação!
Acho que deu pra entender né?

Então, que possamos todos ter motivações para viver, para comer bem, para ser saudável, para trabalhar, estudar... 

A motivação do blog é meu bem-estar psicológico! 
Sim, ele faz bem pra minha cabeça, é necessidade do coração!

Quando eu fico sem visitar meu blog, sim, eu o visito constantemente... kkkkk eu sinto um vazio... Quando eu fico sem blogar, eu sinto um vazio... Quando o vazio vai "preenchendo" o espaço, eu perco a motivação de vista... Ela continua aqui, mas eu olho por cima dela... E vai virando bola de neve... 

Quando vejo comentários sobre o blog, eu fico muito feliz, porque a função dele é me ajudar, e sei que pode ajudar outras pessoas... Talvez não com minhas palavras doentes, mas com as imagens e as músicas... 

Hoje eu resolvi postar, sem ter muito o que dizer... Mas com o coração cheio de motivos... 

Quel


terça-feira, 23 de junho de 2015

A amizade...



Eu me considero uma boa amiga... procuro estar sempre presente e disponível para qualquer negócio... Não sei se meus amigos me enxergam assim, mas eu sou aquele tipo de pessoa mãezona... Carinho de mãe, mas que gosta de zoar... kkkkkkkk 

Tenho uma qualidade forte, ou defeito, me entrego bastante aos amigos, me dedico, e muitas vezes acabo me machucando, não por não valorizarem... mas porque acabo me envolvendo com seus problemas, dificuldades... mesmo que eu não possa ajudar com nada concreto, eu procuro dividir a dor, coloco-os em oração, e não os tiro do pensamento enquanto eles não me retornam dizendo, sinceramente: "tá td bem agora".

Às vezes eu escuto que sou muito boba, que eu deveria me preocupar mais comigo, mas eu sou assim, até com os amigos virtuais eu me preocupo e mando pensamentos positivos... Eu gosto de cuidar, gosto de, muitas vezes, ser o porto seguro que eles necessitam... E passe o tempo que for, eles me reconhecem do mesmo jeito, nada muda, me ligam, me chamam por email, mensagem, esperando ouvir uma palavra de alegria, consolo... E isso me faz bem! Saber que eu posso proporcionar a alguém um tempinho de serenidade ou alegria, é minha maior recompensa na terra.

Outro dia eu achei um significado para meu nome - Raquel: aquela que é como ovelha; fiquei pensando nisso... como é uma ovelha? E, fiquei surpresa ao perceber como ela é dependente, ingênua, medrosa... E, o que isso tem a ver com amizade? Eu, sou dependente dos meus amigos, sou ingênua em muitos momentos, e acabo sendo passada pra trás ou aproveitam de minha amizade, e tenho medo de perdê-los! 
Recentemente perdi uma amiga, grande amiga, nos conhecemos aos 7 anos, na 1ª série, a gente nunca estudou na mesma sala, mas sempre estávamos juntas nos intervalos e recreações... nossa educação física era no mesmo horário, e nosso grupo de amigos era basicamente o mesmo... durante o ensino médio ficamos um pouco afastadas, estudávamos em escolas diferentes e logo eu engravidei, o que serviu para nos afastar por um tempo... nos víamos algumas vezes e nos divertíamos contando as novidades... Quando ela ficou doente, eu fiquei sem chão... sofria em casa, chorava, e o fato de não poder visitar era torturante... foi assim durante dois meses... trocávamos mensagens, eu tentando consolá-la e levar um pouco de alegria, falava mais de banalidades, lembrando coisas boas... 
Até que ela partiu e levou um pouco do meu briho com ela...

Ontem, uma amiga me procurou, também está enfrentando um problema de saúde... e eu pensei: por quê Deus coloca essas situações na minha vida? Claro que não tem comparação o que eu estou sentindo com o sofrimento dela... longe disso... mas o que me dói é a minha impotência... Querer ajudar efetivamente e não poder me corrói! 
Porém, uma coisa é certa: o que está ao meu alcance eu faço! Rezo, mando pensamento positivos, demonstro o meu amor, meu carinho... Pois, se eu eu não posso acabar com o problema, posso ao menos fazer com que ele seja menos doloroso... 

Quem me dera ter o dom de curar feridas, do corpo e da alma... No entanto, recebi dos céus o dom e a responsabilidade de espalhar amor... Espero estar cumprindo da melhor forma possível!

Espalhe amor aos seus amigos... 

Bitocas <3 
Quel



imagem: Pinterest

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Inverno... bruuuu...


Se tem uma coisa que eu não gosto é de inverno!
Não, as mulheres não ficam mais elegantes, isso é uma lenda machista de quem quer que as mulheres não deixem as pernas de fora! Ou algo do tipo... fala sério! Afinal, a mulher pode ser elegante em todas as estaçõe do ano! Só ELA querer!

Enfim... não gosto do inverno! O cabelo fica esquisito, a pele fica ressecada, o nariz e a garganta ficam secos, irritados... Eu tenho crises de fibromialgia com maior frequência... Coloco 500 blusas e continuo com frio, o pé não esquenta de jeito nenhum!!! Affe é um tormento!

Mas, a gente tem que admitir que nessa época do ano o legal são os caldos, chá com bolo,  canjica feita na hora (nhamy), banho quente, founde, ficar abraçadinha com o maridinho... Comer 'batom' e tomar chá 'matte' em seguida (delicious)... 

Segue alguns cuidados que devemos tomar nessa estação:

-Evitar sair desagasalhado (leva um casaquinho, meu fio);
-Evitar esquecer o guarda-chuva ou sombrinha em casa;
-Evitar bebidas geladas (prefira wyski, vodka, tequila e licor de curaçau, brincadeira...);
-Se tiver doenças crônicas procure os postos de saúde ou convênios para tomar a vacina da gripe;
-Faça esfoliação da pele, pelo menos uma vez por semana;
-Hidrate a pele diariamente, duas vezes ao dia, se puder;
-Evitar lavar os cabelos com água muito quente;
-Procure hidratar os cabelos uma vez por semana;
-Não durma com os cabelos molhados, pois pode ocasionar fungos e um resfriado;
-Mesmo no frio é necessário deixar a casa arejada, com portas e janelas abertas, para evitar mofo;
-E, óbvio, lave muito bem as mãos, e evite ficar passando a mão nos olhos, nariz e boca, para não haver contaminação por vírus e germes, de resfriado, gripe, conjuntivite... 

Ah... Acho que só... 

No mais, pra quem gosta do inverno vale fazer tudo o que gosta de fazer... passear, se divertir, ir ao cinema, ao barzinho com os amigos... o que não vale é se imbernar! Viva a vida!

Beijos
Quel





quarta-feira, 17 de junho de 2015

Vermelho, Vermelhaço, Vermelhão


Hoje, 17/06, é Red Lips Day, bebê!

Não vou falar muito do Red Lips Day que foi criado pela boneca Renata Montenegro do blog Mulher Vitrola, pra quem quiser saber mais só clicar aqui; vou falar da minha experiência com essa cor... 
Sempre gostei de vermelho, muito até, meu pai odiava! Batom já era uma coisa que ele não gostava que eu usasse, imagina vermelho! Um dia eu coloquei, e affe... só a olhada que ele deu, valeu por duas surras... kkkkk
No dia em que fui molestada (foi antes da morte do meu pai) eu estava usando batom vermelho escondida, e não me perdoei por isso... 
Quando ele faleceu, eu comecei a usar em doses homeopáticas... uns tons mais claros, e quase nunca... 

Depois quando comecei a namorar de verdade, meu namorado comentou que uma menina tava parecendo 'prost' de batom vermelho... pra quê... deixei de usar o batom vermelho, pois meu sorriso é grande, e eu já comecei a me sentir meio 'prost' também... como se isso fosse um pecado... 



Porém eu não deixava de comprá-los, mas só usava às vezes em casa...
Tinha até uma invejinha de uma amiga do colégio, Isabel, que sempre usava batom vermelho, sem vergonha, sem se preocupar com nada... e achava graça, pq as folhas do caderno, entre outras coisas, sempre tinha marca de batom...




Muitos anos depois eu resolvi voltar a usar o batom vermelho, ainda timidamente, mas com maior frequência, e sempre escutava: "nossa, e esse vermelhão aí?", " que bocão"... poucas vezes alguém elogiava, e eu ficava constrangida, como se minha boca chegasse primeiro nos lugares... kkkkk 
E foi assim por muito tempo... 

Até que, em 2014, descobri o Red Lips Day, e minha vida mudou! Hoje sou completamente sem vergonha em relação ao batom vermelho! Uso mesmo! Em qualquer situação, em qualquer lugar, qualquer horário! E, os elogios vieram... E eu me sinto leve, livre, solta e linda!




Bem, mas não é só de batom vermelho que a gente vive... Aliás, uma das coisas que nos move é o nosso sangue!
E, no inverno, as doações de sangue caem bastante, por isso foi criada a campanha Junho Vermelho, para conscientizar as pessoas da necessidade de continuar doando sangue, mesmo no inverno, pois os acidentes e doenças não deixam de acontecer nesse período, só porque está frio e você não doou...

Então, você que pode doar sangue, não deixe de fazê-lo! E incentive essa ação! Doar sangue salva vidas! Seja um sangue bom!



Bitocas
Quel






*imagens: Pinterest


segunda-feira, 15 de junho de 2015

*Festas Juninas*



Eu sou suspeita pra falar, mas eu amo Festas Juninas! Sou suspeita porque amo festas!

Festas Juninas, tem um gostinho de "interior", infância, brincadeiras, dança... O que é mais gostoso que isso? tá até consigo imaginar... mas festa é tamém bão dimais sô...

Lembro que quando criança, o pessoal da rua fazia festas com aroma de cidreira, canela, gengibre, erva doce, fogueira... Cada um fazia um pratinho diferente: bolo de fubá, de milho, de mandioca, de cenoura, pães, pamonha, milho cozido, pipoca, curau, cuzcuz, pinhão, paçoca, amendoim... Era a maior comilança... Tudo delicioso!
Meu pai não deixava a gente dançar a quadrilha, mas permitia que a gente participasse da festa... 


A festa começava com a reza do terço, depois erguia o mastro com a imagem dos santos do mês, depois a quadrilha e depois era só continuar com a alegria... 
Ai, como era bom! 
Hoje em dia não se faz mais festinhas assim... Pelo menos, não onde eu moro. E, mesmo as que permanecem já não são iguais, uma pena... 

Mas, se você é saudosista e tem uma familia ou um grupo de amigos grande e unido, vale a pena tentar juntar td mundo e comemorar os Santos Juninos, o inverno, a amizade, a alegria!

Quer dicas para uma festinha supimpa? Segue aí... Se não quiser, td bem tb... kkk

- Decore o ambiente de forma alegre: com bandeiras, balões*, leques... tudo muito colorido e florido. Vale colocar as imagens dos Santos Juninos...
- Peça aos convidados para que compareçam vestidos à carater: vestidos de chita, roupas xadrez, bota, chapéu de palha ou country..
- Dê preferência para músicas sertanejas de raíz, pelo menos no início... 
- Organize uma quadrilha... JUNINA, por favor! hehehe
- Faça brincadeiras: frango na panela, pescaria, prisão, correio elegante... Sim, mesmo se for só com a família... os brindes do frango e da pescaria podem ser: estalinho, bolinha de sabão, desenhos para colorir, saquinho de bala, brigadeiros, paçocas... 
- Os comes e bebes fica a gosto do freguês, mas geralmente, cada um leva uma coisa: doce ou salgado e uma bebida... Dando preferência aos pratos típicos: bolos de fubá, milho, mandioca, banana, cenoura; pamonha e curau; canjica e arroz doce; paçoca e amendoim; cuzcuz paulista e baiano; milho cozido; cachorro-quente; caldos: verde, de feijão, vaca atolada... e por aí vai... Não esquecer do vinho quente e quentão... 
- E, o mais importante de tudo: Alegria! 

*lembrando que balões só na decoração, nada de soltar balões por aí! é crime, e pode causar incêndios e acidentes graves!


Viva Santo Antônio!
Viva São Pedro!
Viva São João!
e, viva eu... 

Eita, trem bão!
Um bocado de bitoca nocês!
Quel







sexta-feira, 12 de junho de 2015

O dia D


E hoje finalmente é o Dia dos Namorados! 
Grande coisa, alguns devem pensar...

Realmente não há nada de mágico neste dia, porém o legal de comemorá-lo, é que, ao menos nesse dia, seus pensamentos estarão voltados ao seu parceiro/ a, incondicionalmente. Claro que você deve pensar no seu amor todos os dias do ano, em todos momentos e situações, mas fala a verdade: no dia dos namorados a atenção é diferenciada. Você quer ligar, mandar mensagem, dar presente, ser presente, agradar... 

Muitos falam: essa data é só uma data comercial... só pra girar a economia... Mas isso é só se você quiser, já falei aqui e aqui que não é necessário gastar pra fazer alguém feliz, é só dar atenção e carinho. E isso, pra quem ama mesmo, é fichinha... 

Então, aproveitem o dia de hoje! 
Sejam carinhosos uns com os outros, até mesmo com quem não é seu namorado/ a, afinal carinho, atenção e amor nunca é demais!

E, para embalar esse dia segue algumas músicas que podem ser a trilha sonora perfeita...

Besitos 
Quel





















quinta-feira, 11 de junho de 2015

por falar em amor...




O VELHO


Ela estava absorta. Perdida em seus pensamentos, observava a parede branca onde estava pendurado um enorme quadro com a imagem de Jesus, que parecia os estar encarando com seus olhos doces e a longa cabeleira a escorrer pelos ombros. Tinha os braços abertos numa atitude de acolhimento. Sentiu-se protegida.

Rosa acomodou-se melhor na cama, afofando o travesseiro e recostando-se nele. Pousou as mãos sobre o colo, coberto pelo lençol. Olhou o velho deitado a seu lado. Tinha o rosto enrugado pelos anos. A barba por fazer. Era magro e aparentava ter sido um rapaz alto, embora estivesse agora encurvado devido ao tempo. Dormia. Rosa sorriu. Amava aquele homem. Sessenta e quatro anos de casados. Fizeram no outro mês, ainda há pouco. Lembrava-se do começo: As modinhas cantadas para ela. Os bailes nos enormes salões iluminados. Tinha só dezoito anos quando o conhecera. Ele era um exímio dançarino e sabia conduzir como ninguém. Casara-se aos vinte e um. Quanto tempo...

Um pouco inquieta, revirou-se na cama, observando todo o quarto: a seu lado um criado-mudo. Sobre ele o abajur apagado. E um terço. Com ele rezava todas as noites. Pedia pelo seu velho, pelos filhos, pelos netos...
Pensou em Lourenço, o filho mais velho. Dera-lhe somente um neto, Eduardo. Tão sem juízo. Separou-se logo depois do nascimento do filho. E ela quase não via o bisneto... Não conseguia entender essa mocidade. “É que o amor acabou, Vó !”. – Como assim, acabou? O dela não acabava. Nunca.

A cortina estava entreaberta. A janela ficava um pouco acima da cama, no lado onde o velho dormia. Os primeiros raios de sol ameaçavam entrar pelo quarto, atravessando o vidro fechado. Bronquite. Não podiam abusar do frio da madrugada, ou senão era uma tosse só.
“Põe uma blusa, velho!”- dizia. E adiantava? Ele se limitava a resmungar qualquer coisa e virar para o outro lado, enquanto folheava as páginas do jornal. De ontem...

Um pouco abaixo da janela, junto à cama, ficava o outro criado-mudo. Sobre ele o rádio relógio. Há muito o velho não o punha a despertar. “Relógio pra quê?” – dizia. – “A gente acorda cedo mesmo, e depois não tem nada prá fazer...”
Horas... Que horas seriam ? Da posição onde estava não conseguia ver direito e não queria acordar seu velho. Fôra dormir tarde. Ficou colado à TV até altas horas. “Perder tempo assistindo jogo... Ganha alguma coisa?” – “Me deixa, velha...” – e ela ia dormir sorrindo. Futebol era a paixão dele. Ainda se
lembrava do dia em que o Brasil perdeu a Copa do Mundo para o Uruguai. Ele ficara tão abatido. Chorou como se fosse a coisa mais importante... “É só um jogo” – ela pensava. Mas não dizia nada. Não queria chateá-lo.
Por quê estava demorando tanto para acordar? Levantava quase sempre antes dela. Não conseguia ficar muito tempo na cama. “Maldito reumatismo” - praguejava. “Já tomou seu remédio, velho ? “ – “Já, velha. Já!”

Rosa distraiu-se pensando nos outros filhos. Juliana era a segunda. Casou-se logo depois de Lourenço. Tiveram dois filhos: Paulo e Catarina. Eram carinhosos com eles. Juliana ficou viúva há uns dois anos e seus netos sofreram muito. Mas a vida é assim... Uns vem, outros vão...

Sentiu um calafrio. Não gostava muito de pensar na morte. Não tinha medo de morrer, mas a idéia de ficar sozinha a deixava apavorada. Procurou com os olhos alguma coisa para distrair a mente. Viu o guarda-roupa na parede ao seu lado. Mogno. Ela escolhera junto com o velho, havia muito tempo. “Não se fazem mais móveis assim hoje em dia” - pensou.

De volta aos filhos: Joana era a próxima. Casou-se e mudou para o sul. Vinham visitá-los, às vezes. Ela, o marido e os dois filhos. Quer dizer, no começo vinham, mas agora que os meninos estavam crescidos, não queriam mais saber de ver gente velha. Pedro, seu genro, demonstrava uma certa má vontade com eles. Rosa não se importava. O velho é que não tinha muita paciência. Sempre arrumava motivo para discussão...

Janaína, a única solteira. Tinha já passado dos cinqüenta... Vivia sempre ocupada, envolvida com o trabalho. Era gerente de uma loja de artigos finos. A loja tomava quase todo o seu tempo. Mas, de todos os filhos, era a que mais lhes dava atenção. Vinha ao menos duas vezes por semana ver se estava tudo bem, e mesmo quando não vinha, ligava. Rezava muito por ela, para que encontrasse alguém e se casasse. Para ser feliz como ela era com o velho. Olhou-o de novo com carinho. Continuava imóvel. Estranho...

Rosa voltou seus pensamentos para o caçula: Isaías. Morava com uma moça quase vinte anos mais nova. Ele estava agora com ... quarenta e oito, talvez? Ela deveria ter uns trinta, se muito. Nunca aprovara aquele namoro, mas quem era ela para dar palpite? Só uma velha... “Deixa o menino em paz” – dizia o velho. “Ele sabe cuidar da vida dele...”. Os homens têm uma certa cumplicidade. Principalmente quando se trata de mulheres mais novas... e bonitas!

Ah! Seu velho... Quantas alegrias passaram juntos. Lembrava-se de uma vez quando, já maduros, foram passear na praia de mãos dadas. Um grupo de jovens que passava por eles, ao verem o relógio em seu pulso perguntaram :
* Aí tia, que horas são ?
Imediatamente, ele virou-se para os garotos dizendo:
* Tia? Vocês tem coragem de chamar essa “gata” de tia ?
Ela ficou rubra na mesma hora. Velho assanhado. Tantos momentos passados juntos... Tanto carinho! Muitas brigas também. Ô velho teimoso, parecia uma mula. Quando empacava não tinha jeito. Mas ela o amava...

“Por quê esse homem não acorda, meu Deus?” – Pensava consigo mesma. “Vamos, velho. Tá na hora.”. Sacudiu-o ligeiramente. Nenhum sinal.
“Esse homem tá de brincadeira comigo...” – Ele adorava lhe pregar peças. Sabia que ela ficava brava e isso o divertia ainda mais. Como daquela vez em que ele se deitou ao contrário na cama. Colocou os pés no travesseiro e a cabeça nos pés. E ela conversando no escuro com os pés dele. Só percebeu depois de muito tempo, quando ele desatou a rir. Era uma criança.
Uma outra vez lhe dera também um tremendo susto, mas sem querer. Foi quando teve o infarto. Duas pontes de safena e uma mamária. Ele quase se foi. Rosa ficava uma fera quando ele dizia :
* Velha, quando eu morrer você vai arranjar outro ?
* Se você se for, eu vou junto velho... – retrucava ela irritada.

Começava a se inquietar. Colocou a mão sobre a mão fria do velho. Rosa começou a respirar com dificuldade. Muitas imagens vinham à sua mente: lembranças de quando era criança. Lavando roupa à beira do rio. Sua mãe chamando-a para o jantar. A luz dos lampiões. O batizado dos filhos. Lembrava-se de cada um. A lua de mel passada na praia. O nascimento do seu bisneto. Queria vê-lo de novo. As imagens se misturavam deixando-a completamente atordoada.

Sentiu uma forte dor no peito. Estava suando. Enxugou os olhos úmidos com o lencinho bordado que deixava ao lado da cama, no criado mudo. Engolindo o choro, Rosa abaixou-se até quase encostar no velho e sussurrou-lhe com a voz rouca:
* Dorme, meu velho. Pode dormir. Você deve estar cansado...
Deu um beijo em sua testa gelada. Sentia o braço formigar. Cansada pelo esforço, deixou-se escorregar pelo travesseiro até estar novamente deitada. Virou a cabeça para um dos lados e também dormiu. Igual ao velho.

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Amar...



"Amar... é quando não dá mais pra disfarçar. Tudo muda de valor... tudo faz lembrar você!"

Amar é isso!
Amar é uma coisa!
E não estou falando somente de amor homem-mulher, mulher-mulher, homem-homem... Estou falando de amor de verdade, aquele que você não controla, é gratuito, desesperado.
Aqui do lado eu me declaro apaixonada... Sim, sou uma mulher apaixonada pelo meu marido, filhos, família, amigos... Não espero nada deles, só me entrego, me entrego de corpo e alma e coração. Quando eu amo alguém ou uma causa, eu luto por ela e pra ela, quero fazer o meu melhor, tudo tem que estar perfeito dentro daquilo que me é possível ser e fazer.

A gente costuma dizer que quando a gente ama qualquer coisa serve para relembrar ficamos no mundo da lua, ficamos com borboletas no estômago... E é realmente assim, eu por exemplo, tô num estado de amor absoluto pelo meu afilhado Arthur. Amo todos meus sobrinhos! Todos mesmo! Mas o Arthur tem me conquistado num grau... ai ai... acordo pensando nele e vou dormir pensando nele... Trabalho pertinho da casa da minha irmã e vou almoçar com ela de segunda a sexta, mas quando chego e ele está dormindo, já não é a mesma coisa, o dia fica incompleto... A Alice, minha sobrinha-neta, já não vejo com tanta frequência, e quando vejo tenho vontade apertar e apertar e apertar... 
A mesma coisa com minha família por parte do marido, a gente se vê muito pouco, mas é tão intenso quando a gente está junto! Como eu amo! 

É uma delícia viver amando!
Não sei se todas as pessoas que convivem comigo percebem o quanto as amo, até mesmo porque eu sou uma pessoa bem difícil (mentira), e não sou de ficar demonstrando carinho... kkkkk mas eu tento... 

Ok? Ok! Super fácil amar quem tá do lado da gente...

E, aqueles amores que a gente deixa escapar?

Tem uma pessoa, muita próxima, que juntas, deixamos o amor escapar... Ela me faz sofrer diariamente, maltrata minha mãe, e isso eu não consigo admitir! Porém, aqui dentro, a amo, eu sei disso e é por isso que eu sofro tanto... 

E aquela pessoa que não pensa, não vive, como você espera que tem que pensar e viver? Você consegue amar? 

Vivemos cheios de regras, de convicções, de certezas, de apontamentos, julgamentos... e nos deixamos levar por tudo isso esquecendo do real motivo pelo qual nascemos: amar. Muitas vezes julgamos impossível, mesmo, amar algo ou alguém tão contrário ao que somos, mas ainda assim, deve haver compaixão e respeito. Afinal, para outros eu posso ser o contrário... Entende?

Então, antes de qualquer objeção, tente não deixar o amor escapar... 

Quel



procure entender essa música fora do âmbito conjugal... ;)





terça-feira, 9 de junho de 2015

Encontrar Alguém



Encontrar alguém especial para dividir a vida com a gente, não é tarefa fácil! Até porque não depende só de nós... 

Muita gente acha que estar sozinho é um problema, se sente deprimido, rejeitado... Mas a verdade é que não é preciso ter alguém do lado pra ser inteiro. Já falei aqui uma vez que Ser Feliz e Estar Feliz depende somente de uma pessoa: Eu, ou no caso: Você... kkkkkk

Mas, se você quer desencalhar, vai aí algumas dicas... Não quer dizer que vá funcionar, mas não custa tentar... ;)

- Não se desespere!
Tem gente que fica tão desesperada pra namorar, que acaba não se dando conta das pessoas ao redor, e muitas vezes acaba perdendo algumas boas oportunidades...

- Não se desespere, mesmo!
Tem gente que fica tão desesperada pra namorar, que acaba namorando com a primeira pessoa que aparece, e esquece de si mesma. Esquece de averiguar se a pessoa é legal pra ela...

-Tenha calma!
Sua hora vai chegar tão clichê e tão verdadeiro! Sim, pra todo pé cansado tem um calçado velho, ou novo, vai depender do seu gosto... A pessoa vai aparecer em sua vida, quando menos esperar... Comigo aconteceu justamente quando eu decidi ficar de boa, só curtindo a vida...

- Abra bem os olhos!
Pode ser que a pessoa já está na sua vida, mas você ainda não a enxergou com outros olhos... Pode ser que seu vizinho/ a ou amigo/ a de infância ou colega de trabalho, seja sua alma gêmea, mas você só enxerga a amizade e não vê o real potencial...

- Seja você mesmo!
Ser você mesmo atrai pessoas que são elas mesmas... =O) kkkkk Não tente disfarçar seus defeitos, ou suas qualidades para conquistar alguém. Esteja onde estiver, seja o que é. Sorria se estiver com vontade, não sorria se não quiser... Fale das coisas que você curte, vá a lugares que sinta-se bem...

Não sei se percebeu, mas essas dicas são apenas pra você não ficar na neurose do "ninguém me ama, ninguém me quer", e valorizar quem você é. De nada vale você ter alguém ao seu lado, se você não se valorizar, não se amar, não se colocar em primeiro lugar em sua vida. 
Você deve estar no topo da sua lista! Invista em você! Se ame!

#FicaADica ;)
Quel




segunda-feira, 8 de junho de 2015

Dia dos Namorados



Vamos comemorar mais um Dia dos Namorados, e como todos os outros anos, fica a dúvida: o que dar de presente?

Quando a gente tá com a conta bancária sorrindo pra gente, blz, fica td mais fácil, compra-se: celulares, computadores, roupas e calçados de grife, relógios e perfumes importados... e por aí vai... 
Quando a nossa conta tá meio emburrada, a gente vai lá e compra um livro, um cd ou dvd, uma roupa ou perfume popular... 
Agora, quando nossa conta bancária tá na forca, o que que a gente faz? Improvisa!

Mas, não é porque é um improviso que tem que ser de qualquer jeito... 

Todo presente tem que ser dado com amor, e deve ser muito bem pensado. Você, namorada e namorado tem que dar algo que combine com o jeito do seu namorado e da sua namorada... não pode ser um presente de qualquer jeito... Até porque, tem muita gente que dá o melhor celular de presente, mas não dá o mais importante: carinho, afeto, atenção!

Então, minha primeira dica de presente é: ATENÇÃO! Isso mesmo, dê atenção à pessoa que está ao seu lado! Num mundo cheio de whats app e redes sociais, fica cada vez mais fácil a gente deixar quem está ao nosso lado, de lado... Tá difícil de encontrar um casal numa mesa conversando sem parar, geralmente um dos dois, ou os dois, estão conferindo as mensagens no celular... Chega a ser tedioso. Não têm o que dizer um ao outro. 
Vamos voltar ao início? Pegar na mão, olhar nos olhos, beijar na boca, abraçar, sorrir... se divertir na companhia um do outro!

- Faça um pic nic, pode ser no sábado...
- Vá passear numa praça ou parque de mãos dadas...
- Faça um founde, compre a fruta preferida do seu amor...
- Dê flores, de preferência em vasos, diga não ao buquê...
- Faça um bolo, ou a sobremesa que ele/ a goste mais...
- Prepare o jantar... 
- Faça um cartão... 
- Faça um painel de fotos...



Presentes para ele:
- Camisa flanelada xadrez;
- Tênis estilo Converse ou sapatênis;
- Camisa jeans;
- Blusão de moleton;
- Boné;
- Perfume;
- Kit personalizado cervejeiro;
- Camisa do time de futebol.




Presentes para ela:
- Perfume;
- Maquiagem ou acessórios para maquiagem;
- Sapato;
- Jaqueta de couro ou jeans;
- Bolsa ou carteira;
- Túnicas ou Kimonos;
- Óculos de sol.


 


Dei algumas sugestões... Mas o presente mais importante é o Amor <3! 
Esses presentes, não valerão de nada se não vier recheado de carinho...

Bitocas apaixonadas :3
Quelzita

Amo essa música!

quarta-feira, 3 de junho de 2015

5 coisas sobre a "Bagaceira"



Isso mesmo, hoje vou falar de mim! kkkkkk como se eu já não fizesse isso em tds os posts... 
Talvez, o que eu fale não seja novidade para algumas pessoas, mas pode ser para outras, e pode ser, ainda, que me vejam com outros olhos e gostem de mim... kkkkk... affe... que sofrência!

1ª Eu sou legal!
Sim, apesar de parecer óbvio, muita gente não sabe que eu sou legal! Acredite! Não é marketing!
E o que eu julgo ser legal é: divertida, compreensiva, jovem e atual (kkkkkkkkkk), carinhosa e que se envolve demais com as pessoas - lê-se: cuida demais, sofre demais, resolve demais a vida dos amigos.

2ª Eu sou tímida!
Sim, deveria ser óbvio, mas muita gente não acredita que eu sou tímida! Dá pra acreditar?
Gente, eu fiz curso de teatro, por isso não parece, mas eu sou muito tímida.
Claro que quando estou entre amigos eu sou mais leve, livre e solta... e, mais claro ainda, que quando eu bebo eu me torno uma pessoa genial... acho até que por isso eu sou a degustadora oficial de biritas!

3ª Eu sou medrosa!
Tenho medo de altura; de dirigir (não sou nem habilitada); tenho medo de fritar coisas (não "risco" fósforo nem isqueiro) e o óleo ficar respingando em mim; tenho medo de usar a panela de pressão; tenho medo de cachorro; tenho medo de mudanças: de atitudes, de vida, de projetos; medo da "doença Voldemort*" (vulgo câncer); medo de fazer tatuagem (e eu quero fazer!)...

4ª Eu amo doces!
Acho que não precisa de explicação... Chocolate é meu maior vício! Doces me faz feliz!

5ª Eu gosto de música brega!
Eu sou rockeira e ponto! Mas curto muito música boa, MPB da melhor qualidade. E, gosto de Brega! Apesar, que não é bem um brega... são músicas antigas, que fizeram parte da minha infância... Sidney Magal tá no topo da lista... AMO Sem Moderação! Seguido por Beto Barbosa, Rosanah, Latino (antigo), Menudo, Dominó, Polegar, lambadas diversas... Como diz uma amiga: Quem não brega, não ama! kkkkk

Bônus: Sempre amei batom vermelho, mas eu sempre achei que eu ficava muito feia... Aí eu decidi ser feliz com o que eu gosto! Uso sempre, e dia 17/06 vou participar do (meu 2º) #redlipsday2015, pra quem quiser saber mais clique aqui.

*doença Voldemort: personagem da saga Harry Potter, a que todos se referem como "Voce-Sabe-Quem"... muitas pessoas, principalmente as mais velhas, não gostam de falar quando uma pessoa está com câncer, e geralmente usam "aquela doença" ou "a doença ruim". Aí eu inventei de chamar o câncer de doença Voldemort... 

Bitocas 
Quel


segunda-feira, 1 de junho de 2015

Ai, como dói! II




Novamente meu tema é dor... Já passei por várias... kkkkkkk sou uma expert! 
Já ouviu falar em Varizes Pélvicas? Se é minha amiga, com certeza já ouviu!
Sim? Então, talvez o que eu tenha pra contar não é novidade! Não? Então o que tenho pra falar pode lhe ajudar, ou ajudar alguém que você conheça...

Em 2009, fui acometida por uma cólica menstrual intensa, sempre tive cólicas fortes, mas não daquele jeito... pensei que eu fosse ter um treco! Passado o período menstrual a cólica permanecia... com a mesma intensidade... deixei pra lá... Passado 15 dias com aquela dor que me acompanhava dia e noite, resolvi procurar ajuda médica. Fui ao hospital Beneficência Portuguesa, no pronto atendimento, o clínico não podia me ajudar e me encaminhou para a ala ginecológica, fiquei horas esperando por um atendimento, até que uma doutora, saiu do setor de partos e foi me atender, fez algumas perguntas, informei tudo o que aconteceu, e ela sugeriu ser sintomas de prisão de ventre... falei que o clínico havia descartado essa possibilidade. Ela então resolveu fazer um exame de toque, ela praticamente me violentou, a dor que eu sentia piorou instantaneamente, e ela disse que não havia nada de errado, que eu estava exagerando e questionou minha honestidade, se eu estava mesmo com dor ou se queria dar um cano no trabalho... até parece que eu sairia da minha casa na ZL, que levava menos de 10min até o trabalho, andando, pra ir lá pra Beneficência, só pra dar o golpe do atestado... Me poupe! foi a minha resposta...

Sai de lá com muita dor, sem fazer exames, sem tomar medicamentos, sem uma declaração, e o pior: sem saber o por quê da dor. 

As dores foram piorando, eu já não dormia, não tinha vida social (de novo), meu relacionamento estava ficando abalado e perdi meu emprego... :/


Marquei consulta com ginecologista, me examinou, solicitou diversos exames com um pré-diagnóstico de câncer de endométrio... Pensa em como chorei, só de pensar na hipótese!
Feito os exames, o diagnóstico: Varizes Pélvicas! Nunca tinha ouvido falar! Nem meu médico! O médico falou que não existia tratamento para esse problema, e que eu deveria me acostumar com a dor! 
Sai do consultório entristecida e enloquecida! Aprender a conviver com a dor?! Mais uma!?! Não! Já me bastava a fibromialgia! 
Marquei consulta com outra médica, e também não foi das melhores, ela me disse que nunca tinha estudado sobre isso na faculdade, e nem nos cursos de especialização e atualização... Pensei: phudeu! Ela disse não saber o que fazer, mas que tinha ouvido falar que seria como tratar um câncer, removendo parte ou totalmente o útero. Mas aí ela me orientou a procurar um vascular: "já que são varizes, eles devem ter ao menos uma ideia de como tratar".

Foi o que fiz, fui ao vascular Dr. Selenio Glauber - Hospital Santa Marcelina, e ele foi um doce, me acalmou e disse que me ajudaria no que fosse preciso, me pediu um exame mais detalhado para saber a gravidade do problema. Feito o exame, retornei com ele, e imediatamente ele fez as papeladas para o procedimento cirúrgico, mas aí o lindo do meu convênio não autorizou e ficou pedindo novos exames e novos relatórios médicos. Vendo meu sofrimento, meu médico desistiu de fazer relatórios e me ajudou de verdade, fez uma nova papelada para que eu fizesse um exame de alto custo (flebografia) pelo SUS. Ele mesmo realizou o exame, ficou super feliz com o tamanho das varizes! kkkkk, e enquanto o outro médico terminava de fazer o curativo, ele ligou para um médico do Hospital das Clínicas: Dr. Marcos Messina - ginecologista. Saí de lá com um encaminhamento para passar no HC, dois dias após o exame. 

No Hospital das Clínicas, fui a última paciente a ser atendida, esperei 6 horas, sentada, gemendo de dor! Até que minha senha apareceu no telão. No corredor estava o Dr. Messina, me esperando com um mega sorriso e olhos azuis! Entrei na sala dele e ele foi logo me enchendo de perguntas, pedindo pra ver todos os meus exames, chamando no corredor outros médicos pra mostrar os exames e me apresentar a eles... Fiquei até encabulada... E ele falou, agora que você já conhece todo mundo, vamos pra outra sala, pra repetirmos o ultrassom e vamos conversar um pouco mais... Lá, foi um rodízio de médicos... Ficou 3 médicos professores, e entravam turmas de 4, 5 ou 6 residentes... kkkkkk falavam de mim, como se eu não estivesse alí. Estavam curiosos e felizes!

Quando terminaram com os exames e com a exposição da minha pessoa, voltei à sala do Dr. Messina, e ele me disse que eu seria cobaia num tratamento. Que as Varizes Pélvicas, estava sendo estudada, que não há um diagnóstico correto, nem tratamento, nem artigos em livros, pois pouco se sabia e pouco se havia estudado. Mas, que o número de casos havia aumentado, e não é justo que não seja tratado. Muitas mulheres convivendo com dores e outros males, sem saber o que é ou como tratar... E me disse uma coisa que eu não vou esquecer: "você, Raquel, vai ajudar outras mulheres".

Um tempo depois fiz o procedimento cirúrgico (embolização) no Incor, coloquei 8 stents no útero, e conforme o tempo foi passando as dores foram cessando... Hoje tenho somente cólicas menstruais, que variam de intensidade...

Alguns sintomas:
- cólica intensa, ininterrupta;
- dor durante ou após relação sexual;
- falta de lubrificação;
- ciclo menstrual intenso;
- dor na região lombar, virilha e coxas;
- inchaço abdominal;
- incontinência urinária;
- depressão;
- baixa autoestima.

Claro, que estes sintomas podem ser de outros problemas, mas não custa investigar e procurar o melhor tratamento.

Beijinhos...
Espero ter ajudado alguém... 
Quel